domingo, 3 de março de 2013

Be cruel to me cos I'm a fool for you


Andando lentamente e descontraída pela rua com meus amigos, nossos caminhos se cruzaram outra vez, ele os cumprimentou primeiramente, não me reconhecendo, mas assim que chegou em minha vez me saudou com um belo sorriso enquanto dizia “você por aqui?!” o que me deixou com uma alegria efervescente por dentro, a qual eu não poderia demonstrar, mas a ponto de me deixar escapar um sorriso meio de lado, e me abraçou fortemente como velhos amigos que a tempos não se reencontram, retribui o abraço na mesma intensidade só o soltando quando ele decidiu me largar, assim mesmo como foi da ultima vez. Déjà vu.

Segui andando de olhos baixos, escondida entre minhas vestes, tentando parecer despreocupada, evitando-lhe o contato. Ele vinha até mim com brincadeiras mas não era mas como antes, eu não via mais a graça, não queria mais participar disso, apesar de estar lá sempre a espera que ele viesse até mim. Olhar em seus olhos era tarefa difícil, seu olhar era tão profundo que poderia me perder facilmente se não me mantivesse concentrada. Minha voz falhava ao tentar falar com ele, como se parte de mim se recusasse a fazer parte disso novamente. 

Me mantive lá sentada encarando o chão suplicando para que ele se fosse, quando na verdade o que eu mais queria era que ele continuasse por perto. E assim ele se foi, sem se quer se despedir, também perante a tal tratamento de minha parte qualquer um não se sentiria bem vindo, mas não era essa a impressão que eu queria passar, só estava tentando não ser mais uma tola, ou ao menos não demonstrar isso. O arrependimento veio a tona me fazendo desmoronar novamente, enquanto isso ouvi alguém do grupo comentar que ele se encontraria conosco depois. Fiquei na expectativa. Se passaram uma, duas, três, quatro horas, amanheceu e eu segui meu caminho para casa, e lá estava eu de volta ao mesmo ponto de antes, mais uma noite perdida em devaneios de minha mente.


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